Na última quinta-feira, 7 de fevereiro, a Premier League anunciou que seus 20 times concordaram em analisar a idéia de incluir uma 39ª rodada para o campeonato, essa que seria disputada em países diferentes espalhados pelo mundo. A notícia teve grande repercurssão por todo o país, com toda a comunidade esportiva se manifestando contra ou a favor da proposta.
Para a Premier League a investida é parte da globalização que agora afeta todo o mundo. "Nós vimos como o esporte está se globalizando, nós competimos na industria do entretenimento. Essa foi uma investida solidária que todos os 20 clubes querem fazer. Ela benefecia todos eles e é bem melhor que todos nós façamos isso em vez de que clubes separados o façam", diz Richard Scudamore, presidente da Premier League. Além disso, Scudamore afirmou que a ação visa beneficiar os fãs internacionais que não tem a oportunidade de assistir os times ingleses jogando em um estádio perto deles.
Alex Ferguson, técnico do Manchester United, condenou a Premier League por não ter consultado os técnicos antes de anunciar os planos. "Eles deveriam ter perguntado e discutido o assunto com os técnicos e jogadores antes de anunciá-lo e fazer dele um problema", disse o escocês.
Os técnicos Steve Bruce do Wigan, Kevin Keegan do Newcastle e Roy Keane do Sunderland, estão entre os poucos que se posicionaram claramente a favor da idéia. Harry Redknapp do Portsmouth, Gareth Southgate do Middlesbrough e Roy Hodgson do Fulham acharam uma má idéia. A grande oposição mesmo se deu por parte dos fãs ingleses. A partir do momento que a idéia foi vinculada no site da BBC grupos de discussão já foram formados se opondo à proposta da Premier League. No Facebook (uma espécie de orkut muito popular nos EUA), por exemplo, o grupo "Say NO to overseas Premie League games" ("Diga Não à partidas internacionais da Premier League" cresceu rapidamente, cinco dias após sua criação já tem mais de 5 mil membros, e já fala de estratégias para tentar vetar a proposta.
Um de seus membros, Tom Parker, diz em um tópico: "Eu não sei o que eu pensaria da Premier League se isso for para frente. Infelizmente, eu provavelmente ia continuar sendo um grande fã, porque, apesar do futebol ser um produto para Scudamore e seus colegas, ele não o é para fãs de verdade". Está sendo divulgada no grupo também uma petição para "salvar a liga" além dos próprios fãs estarem discutindo maneiras diversas de demonstrar sua insatisfação.
Os fã também tiveram o apoio de alguns nomes importantes. O Primeiro Ministro inglês, Gordon Brown, disse que os fãs devem vir em primeiro lugar e que a Premier League deve ouvir o que eles têm a dizer. O presidente da UEFA, Michel Platini, também se opôs dizendo que "a idéia é uma besteira. Eu tenho certeza que a Fifa nunca irá aceitar isso porque não é bom para o futebol. Na Inglaterra você já não tem técnicos ingleses ou jogadores ingleses e agora talvez você nem terá clubes ingleses jogando na Inglaterra. É uma piada".
Outro ponto ressaltado por Scudamore a favor dos jogos internacionais é que com eles mais dinheiro irá entrar para a Liga e esse dinheiro será, teoricamente, revertido para beneficiar o jogo. Hoje em dia a Premier League é transmitida para mais de 600 milhões de lares em 202 países do mundo, gerando uma renda em direitos televisos de mais de 625 milhões de libras.
Fazer jogos do campeonato inglês em outros países já havia sido sugerido em outubro [ link notícia ] pelo ex-presidente do West Ham, Eggert Magnusson, apoiado por representates da NFL que já adota o esquema. Na época, um porta-voz da FA disse que não via isso acontecendo e que tal mudança danificaria a estrutura do jogo e a integridade da competição.
Para a Premier League a investida é parte da globalização que agora afeta todo o mundo. "Nós vimos como o esporte está se globalizando, nós competimos na industria do entretenimento. Essa foi uma investida solidária que todos os 20 clubes querem fazer. Ela benefecia todos eles e é bem melhor que todos nós façamos isso em vez de que clubes separados o façam", diz Richard Scudamore, presidente da Premier League. Além disso, Scudamore afirmou que a ação visa beneficiar os fãs internacionais que não tem a oportunidade de assistir os times ingleses jogando em um estádio perto deles.
Alex Ferguson, técnico do Manchester United, condenou a Premier League por não ter consultado os técnicos antes de anunciar os planos. "Eles deveriam ter perguntado e discutido o assunto com os técnicos e jogadores antes de anunciá-lo e fazer dele um problema", disse o escocês.
Os técnicos Steve Bruce do Wigan, Kevin Keegan do Newcastle e Roy Keane do Sunderland, estão entre os poucos que se posicionaram claramente a favor da idéia. Harry Redknapp do Portsmouth, Gareth Southgate do Middlesbrough e Roy Hodgson do Fulham acharam uma má idéia. A grande oposição mesmo se deu por parte dos fãs ingleses. A partir do momento que a idéia foi vinculada no site da BBC grupos de discussão já foram formados se opondo à proposta da Premier League. No Facebook (uma espécie de orkut muito popular nos EUA), por exemplo, o grupo "Say NO to overseas Premie League games" ("Diga Não à partidas internacionais da Premier League" cresceu rapidamente, cinco dias após sua criação já tem mais de 5 mil membros, e já fala de estratégias para tentar vetar a proposta.
Um de seus membros, Tom Parker, diz em um tópico: "Eu não sei o que eu pensaria da Premier League se isso for para frente. Infelizmente, eu provavelmente ia continuar sendo um grande fã, porque, apesar do futebol ser um produto para Scudamore e seus colegas, ele não o é para fãs de verdade". Está sendo divulgada no grupo também uma petição para "salvar a liga" além dos próprios fãs estarem discutindo maneiras diversas de demonstrar sua insatisfação.
Os fã também tiveram o apoio de alguns nomes importantes. O Primeiro Ministro inglês, Gordon Brown, disse que os fãs devem vir em primeiro lugar e que a Premier League deve ouvir o que eles têm a dizer. O presidente da UEFA, Michel Platini, também se opôs dizendo que "a idéia é uma besteira. Eu tenho certeza que a Fifa nunca irá aceitar isso porque não é bom para o futebol. Na Inglaterra você já não tem técnicos ingleses ou jogadores ingleses e agora talvez você nem terá clubes ingleses jogando na Inglaterra. É uma piada".
Outro ponto ressaltado por Scudamore a favor dos jogos internacionais é que com eles mais dinheiro irá entrar para a Liga e esse dinheiro será, teoricamente, revertido para beneficiar o jogo. Hoje em dia a Premier League é transmitida para mais de 600 milhões de lares em 202 países do mundo, gerando uma renda em direitos televisos de mais de 625 milhões de libras.
Fazer jogos do campeonato inglês em outros países já havia sido sugerido em outubro [ link notícia ] pelo ex-presidente do West Ham, Eggert Magnusson, apoiado por representates da NFL que já adota o esquema. Na época, um porta-voz da FA disse que não via isso acontecendo e que tal mudança danificaria a estrutura do jogo e a integridade da competição.
3 comentários:
Idéia válida, a própria NFL realizou um jogo na Inglaterra esse ano e a MLB já marcou um jogo na China....
É impressionante como os dirigentes estão jogando toda a tradição do futebol inglês no lixo. O excesso de estrangeiros, a falta de treinadores ingleses treinando os clubes mais poderosos, o excesso de dinheiro... e agora essa. Tomara que quando os ingleses acordarem não seja tarde demais.
Se o acordo for realmente fechado, o futebol inglês nunca mais será o mesmo. Se mostrará, de maneira bastante clara, um negócio ainda mais lucrativo. Não acredito que seja bom para o futebol. Mas os dirigentes, ah, esses sim, acharão tudo muito bom.
Abraço,
Felipe Leonardo
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